terça-feira, 8 de novembro de 2011

Ossesio Silva ressalta campanha contra o racismo

Apesar de contabilizar população expressiva de negros, ainda é comum a prática do crime de racismo no Brasil. Para coibir e punir quem trata alguém de forma diferente e inferior, devido à cor da pele, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) lançou, na última sexta-feira, (4), uma campanha para estimular a denúncia de casos. A iniciativa recebeu elogios do deputado Ossesio Silva (PRB). “É mais uma etapa na luta pelo respeito aos direitos da população negra”, comentou.

Intitulada Racismo começa com ofensa termina com Justiça, a campanha foi idealizada pelo Grupo de Trabalho contra o Racismo do MPPE, em conjunto com as Polícias Civil e Militar e Movimento Social Negro. O trabalho surgiu após o MPPE constatar o alto grau de subnotificação desse tipo de delito em Pernambuco. Dados revelam que, em 2010, apenas 170 casos de racismo e injúria racial foram registrados. “Um número considerado baixo em relação à quantidade de delitos cometidos”, alertou.

De acordo com o último censo realizado pelo IBGE, existe, no Brasil, cerca de 97 milhões de pessoas negras, das quais 35% residem no Nordeste. Em Pernambuco, representam 62% da população. “Esperamos que as pessoas possam ser incentivadas a procurar por Justiça quando sofrerem algum tipo de discriminação”, reforçou, acrescentando que a campanha será divulgada pelas diversas mídias e também em ações de rua.

Está prevista a distribuição de cerca de 30 mil cartilhas de bolso com o passo a passo para que a vítima assegure seus direitos. Silva parabenizou o procurador-Geral de Justiça, Aguinaldo Fenelon de Barros; a ministra-chefe da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Luiza Barros, que também participou da cerimônia de lançamento; e a todos os que colaboraram. A Folha de Pernambuco também ganhou destaque pela matéria publicada no último domingo (6), mostrando a baixa representação dos negros no Parlamento.

Em aparte, os deputados Odacy Amorim (PT) e Adalto Santos (PSB) alegaram que Pernambuco não pode aceitar que pessoas sejam marginalizadas por causa da cor da pele. “O racismo, antes de tudo, constitui-se uma ignorância”, enfatizou o petista. “É inadmissível essa situação”, completou Santos, elogiando a parceria com as Polícias.

Fonte: Alepe

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