Dois mil e onze é o primeiro ano em que se comemora como feriado nacional o Dia do Zumbi e da Consciência Negra. A Lei nº 12.519, que trata o assunto, foi sancionada recentemente pela presidente da República, Dilma Rousseff (PT). A passagem da data - 20 de novembro, foi lembrada pelo deputado Ossesio Silva (PRB), que levou o tema ao Plenário da Assembleia Legislativa de Pernambuco, na tarde de ontem. Neste ano, também são celebrados o Ano Internacional dos Afrodescendentes, instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU); os 23 anos de criação da Fundação Cultural Palmares; e o primeiro ano de vigência do Estatuto da Igualdade Racial.
A escolha remonta à morte de Zumbi dos Palmares, em 20 de novembro de 1965.
Para Silva, o feriado deve ser lembrado em todos os espaços educacionais e culturais, a fim de valorizar a cultura afro. “Em 123 anos sem escravidão, vemos as consequências que o sistema causou ao País e que ainda tentamos combater. Há discriminação, mas o negro mostra que capacidade não tem raça.
Sabemos o empenho do Governo para minimizar o problema, porém muito ainda deve ser feito”, observou, parabenizando a ministra da Secretaria da Igualdade Racial, Luiza Barros; e a coordenadora do GT Racismo e procuradora de Justiça em Pernambuco, Maria Bernadete Azevedo, pelo trabalho desenvolvido.
Presidente da Comissão de Cidadania e Direitos Humanos, o deputado Betinho Gomes (PSDB) aparteou. “O Brasil tem avançado em alguns aspectos, mas há muitos desafios a serem superados. Precisamos ultrapassar as diferenças para obter uma sociedade mais justa”, declarou. A deputada Isabel Cristina (PT) ressaltou que a data não é para celebrar, mas um momento de reflexão. “O País foi o último a abolir a escravidão na América Latina e essa é uma dívida histórica com a raça negra.
Dos 500 anos de Brasil, temos quase 400 de escravidão”, lamentou. Para o integrante do Democratas deputado Tony Gel, a data deveria ser incorporada à consciência social. “Deveria estar explícita no convívio das pessoas que exercitam o estado democrático de direito”, opinou.
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