segunda-feira, 13 de maio de 2013

2ª Caravana do Resgate lota Pavilhão do Anhembi em São Paulo


Evento também foi transmitido por videoconferência para outras cidades do estado


Por Cinthia Meibach e Marcelo Cypriano / Fotos: Demetrio Koch e Erik Teixeira
redacao@arcauniversal.com
São Paulo, capital, 10 de maio, 11 horas da noite, 15 graus. Normalmente, quando a temperatura cai na “Terra da Garoa” a maioria prefere ficar em casa e se aquecer. Mas, para as 70 mil pessoas presentes no Pavilhão do Anhembi, mais importante do esquentar o corpo físico foi deixar a alma ferver com a fé pura que vem de Deus durante a 2ª Caravana do Resgate, reunião direcionada a trazer de volta aos braços do Pai os que um dia se afastaram. A Concentração também foi transmitida ao vivo para cidades mais distantes da capital paulista.
Ministrada pelo bispo Edir Macedo e pelo bispo Sergio Correa, responsável pelos obreiros em todo o mundo, o encontro proporcionou renovação espiritual aos voluntários e membros que se esforçaram durante semanas para convidar as ovelhas perdidas e também marcou um novo recomeço àqueles que decidiram voltar para a verdadeira vida em Deus.
Nem mesmo 2 horas de viagem da cidade de Salto até a capital pôde desanimar o casal de ex-obreiros Alessandra Amâncio Aliaga, de 24 anos, vendedora, e Leonardo Henrique Alves, de 23 anos, segurança (foto acima). Depois de 5 anos afastados da presença de Deus, eles receberam o convite para participar da Caravana e decidiram dar um rumo diferente para suas vidas. “Eu saí porque deixei a dúvida entrar no meu coração, que dizia que não era batizado no Espírito Santo. Acabei me envolvendo com drogas, me tornei viciado em cocaína, só sofri desde que me afastei. Mas, hoje estou aqui porque vejo essa reunião como uma grande oportunidade, senão a última. Dessa vez quero ter o que nunca tive: um encontro com Deus”, comenta Leonardo.

Desde que bispos e pastores da Universal anunciaram a respeito da Caravana do Resgate no pavilhão do Anhembi, obreiros e membros se esforçaram ao máximo para ir ao encontro dos afastados, a exemplo de Silvia Gonzaga dos Santos, de 63 anos (foto acima de branco), que logo pensou em resgatar a operadora de Telemarketing Deise Ramalho, de 40 anos. Cadeirante, a locomoção de Deise não é nada fácil, razão pela qual se sentia incomodada em sair de casa. Porém ao se deparar com o carinho e preocupação da membro da Universal, ela passou por cima dos sentimentos e chegou ao Anhembi decidida a retornar para Deus de uma vez por todas. “Estava havia 6 meses afastada, até que a Silvia foi a minha casa me convidar. Eu me senti tão amada e importante, diferente de outros lugares que percebia um certo preconceito pela minha condição. Estou aqui porque quero uma restauração total, estou cansada de ver tudo dando errado na minha vida”, desabafa Deise.

Para unir as forças aos resgatadores brasileiros, bispos e pastores responsáveis pelos obreiros de 10 países foram convidados para participar do encontro, visando absorver o espírito da Universal no Brasil e levar para os voluntários lá de fora (foto acima). “É a primeira vez que venho ao Brasil e estou surpreso com o grande número de pessoas presentes, é algo muito forte. Quero aproveitar cada momento dessa reunião para aprender e colocar em prática no meu país, abençoando também os obreiros de lá”, disse o pastor Vitor Aponte, responsável pelos obreiros da Colômbia.
Há um pouco mais de um ano, Kátia Ingrid Rocha Aquino, de 26 anos, chegou ao lado do marido Auresino Pereira Braga Júnior à primeira Caravana do Resgate cabisbaixa e abatida pensando que matar o marido, o filho e se matar seria a solução para todos os problemas que estava enfrentando. Após ser renovada e tido um verdadeiro encontro com Deus, o semblante dela na madrugada desta sexta-feira era de alegria e satisfação pela chance que teve de não somente voltar à Universal, mas também de retornar ao corpo de obreiros. “Lá no Sambódromo, a chuva e o frio que fazia há um ano atrás deixava o meu corpo frio, mas a minha alma estava sendo aquecida. Eu determinei que na próxima Caravana voltaria em outra situação e Deus me honrou. Dia 20 de janeiro eu e meu marido fomos levantados a obreiros novamente. Só que agora tudo é diferente, eu nem tenho palavras para expressar a alegria que sentimos por ter essa oportunidade”, comemora almejando algo maior: fazer a Obra de Deus no altar.
O bispo Edir Macedo, líder mundial da Igreja Universal do Reino de Deus, subiu ao altar logo no início da reunião. E logo começou a falar com as multidão de pessoas presentes, de todas as faixas etárias e sociais. “Não importa o que você fez até aqui. Ainda que esteja com os braços atados, verá o que o Espírito Santo fará em sua vida. Aqui há pessoas com todos os tipos de pecados, de erros, de necessidades. Não importa. O que importa é que vieram porque aceitaram o convite de Deus. O Senhor Jesus disse que todo aquele que vier a Ele não será rejeitado.”
O bispo orou, pedindo para que até os trabalhadores a serviço para que o evento acontecesse fossem tocados por Deus, recebessem algo dEle. Afastados ou não, fiéis ou ainda não, as palavras que o bispo transmitiu em nome do Senhor Jesus foram para todos. “Você não veio para ouvir meras palavras. Não veio para ouvir histórias ou orações. Veio para mudar sua vida.”
“Você não verá o Espírito Santo, como eu mesmo não O vejo. Mas, assim como o ar é vital, também o Espírito ocupa o mundo inteiro. Ele ocupa este lugar. Todo. Onde quer que você esteja”, continuou o bispo.
Em seguida, o bispo chamou ao altar aqueles que se sentiam oprimidos pelos espíritos malignos. Os obreiros começaram a levar dezenas. O altar ficou pequeno. Logo, eram centenas os indivíduos que manifestaram com espíritos malignos. Mas as forças malignas foram expulsas pelo clamor dos fiéis presentes e pela oração forte do bispo Macedo, a qual se juntou o bispo Sérgio. Todos os oprimidos foram libertos pelo Espírito Santo, pelo poder de Jesus Cristo, e a vigília pôde prosseguir em paz. “Deixo-vos a minha paz”, disse o bispo Macedo. “Foi isso que Jesus disse a todos nós. E com a paz vem a alegria. Receba-as aí, onde você está.”
“Cada um veio aqui desejando a presença de Deus em sua vida, a oportunidade que essa madrugada representa. Assim como o filho pródigo recebeu aquele sorriso de seu pai, quem está e volta a Deus aqui hoje recebe o dEle”, recomeçou o bispo Sérgio. “Que cada um receba a Tua felicidade, Senhor, em vê-los de volta à Tua casa.”
Em seguida, o bispo Sérgio chamou cinco dos bispos de vários estados e países que estavam no altar. Deu a eles um pedaço de carvão e pediu que chutasse uns para os outros, como a uma bola. “Notam que, a cada chute, o carvão se destrói um pouco? É isso que acontece com você. Você passa, quando se afasta da Igreja, de homem em homem, prostituindo-se. De mulher para mulher. De demônio para demônio. E vai se perdendo cada vez mais. Assim faz o diabo.”
Logo depois, levou à frente do altar, com um pegador, uma brasa. “Não, isso aqui não é um carvão em brasa. Isso aqui era você, quando estava no Fogo de Deus. Era você, ontem, quando era obreiro na fé, no altar.
Em um gracejo com os mesmos pastores e bispos que chutaram o carvão, pediu que algum deles pegasse a brasa com as mãos nuas. Obviamente, ninguém o fez. “Pois é! Lembra-se quando você estava no fogo e o vento do Espírito Santo soprava e você acendia ainda mais? Lembra quando o diabo não conseguia nem mesmo tocar você? Quando satanás não conseguia nem mesmo olhar para você? Pois então: volte!”
Bispo Sérgio usou um verbete de dicionário. “Sabe o que significa a palavra perverso? Está lá no Aurélio: alguém que se afastou de algo considerado muito bom e correto. Existe algo mais correto que a Bíblia?”
E continuou: “O Senhor Jesus não veio para ver a morte dos perversos. Sabe por quê? O perverso não irá para os braços dEle quando morrer, mas para o inferno.” Citou exemplos reais de ex-obreiros que morreram sem usarem de seu direito à eternidade com Deus, pois foram chamados ao Resgate, mas recusaram o convite, e perderam a vida poucos dias depois. “A misericórdia de Deus tem data de validade, sabia? Tem vencimento. Vence quando você fecha seus olhos, quando morre. Aí não tem mais jeito. A hora de aceitá-Lo é agora, pois você sabe quando morrerá? Não, ninguém sabe.”
Chamou ao altar um visitante. Francisco, um homem de 51 anos. Morador de rua. No entanto, vestia um alinhado terno, um uniforme. De obreiro.
Francisco descreveu sua situação. Viciado no álcool, morava na rua com a família. Sem casa, sem emprego. Puseram nele o elegante uniforme e o levaram ao altar para que os 70 mil presentes vissem. “Uniforme por uniforme, Francisco está bem vestido. Só que, como vários obreiros, ele não tem nada a ver com a fé. Absolutamente nada! Não se preocupe, portanto, com o uniforme. Preocupe-se em ter vindo aqui para um verdadeiro encontro com Deus.”

Confira Galeria de fotos:

“Quero dizer duas coisas a vocês, uma ruim e uma boa”, recomeçou o bispo Sérgio. “A ruim é que, se você não se converter, perderá a astronomicamente boa oportunidade dessa vigília. A boa é que não importa o que você fez. Não importa se foi bandido, prostituta, pedófilo, qualquer coisa de ruim. Você desistiu de Jesus, mas Ele nunca desistiu de você.”
Seguiu-se o momento mais importante da madrugada, conforme explicou o bispo. “Mostre agora a Jesus que você quer uma chance. Aqui, e agora, ela é sua.”
Certamente, a presença de milhares de novos, antigos e renovados fiéis no colossal Pavilhão do Anhembi não foi em vão.

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