terça-feira, 18 de junho de 2013

Livro "Casamento Blindado" promove autoconhecimento

Best seller recebe prêmio da Associação dos Editores Cristãos. Obra ensina leitora a ser tolerante e transforma união


Por Jeane Vidal / Fotos: Demetrio Koch, Shutterstock, Elexsandro Presser e Renato Leles
clea.vidal@arcauniversal.com
Final de expediente. Luci estava exausta.
Tudo o que ela queria era ir para casa.
Olha no relógio e percebe que o marido está atrasado. Ele havia prometido buscá-la no trabalho às 22h. Já eram 22h30 e nada.
O celular toca.
- Eu não acredito! Você não vem me buscar?
- Tá, tá, tá bom! Já sei que não posso contar com você "pra" nada mesmo!
E desliga o celular na "cara" dele.
Ao chegar em casa encontra tudo revirado. Louça por lavar e o marido sentado no sofá. E ela ainda terá que preparar o jantar.
É o fim. Luci explode. Joga no chão tudo que encontra pela frente.
Está armada a confusão.
A bagagem

A esteticista Lucinete Correa Alencar, de 36 anos, a personagem dessa história real, está casada há quase 5 anos - que serão completados em outubro. 
Luci, como gosta de ser chamada, nunca quis se casar. Achava que casamento não era para ela. O pai sempre fora ausente. Aos 6 anos de idade presenciava as agressões que a mãe sofria. Viciado em jogo e no álcool, ele chegava em casa embriagado e batia na esposa até deixá-la cheia de hematomas.
Veio o divórcio.
A mãe casou novamente, mas as cenas de agressões continuaram. O novo companheiro também a espancava.
Não, Luci não queria essa vida.
O tempo passou e ela conheceu o futuro esposo. Após 3 meses de namoro, casaram-se.
"No início do nosso casamento ele era um príncipe. Até café na cama levava para mim",lembra.
Mas Luci era muito exigente, muito dura com ele. "Parece que existia um bloqueio. Acho que eu tinha medo de passar pelo que minha mãe passou. As coisas tinham que ser do meu jeito", enfatiza.
Ninguém vive do passado. No entanto, não é possível a pessoa se livrar dele como se desfaz de um sapato velho. Ele é parte da existência humana. A personalidade é moldada de acordo com as experiências vividas ao longo da vida, somadas à criação e aos valores que recebemos dos nossos pais. A isso chama-se bagagem.
Quando duas pessoas se casam, levam consigo tudo o que acumularam ao longo da vida - um trauma de infância, uma insegurança, carência, medo, complexo de inferioridade.  Quem não consegue lidar com isso corre o risco de ter seu relacionamento seriamente comprometido.
A barreira

O pai era a única referência de marido que Luci possuía. Agressivo, ausente, irresponsável e frio. Por conta disso - e por não saber lidar com os "fantasmas" do passado -, ela criou uma barreira invisível entre si e o esposo.
Como resultado, pouco a pouco ele foi deixando de agradá-la como fazia antes.
As discussões eram constantes, inclusive por questões financeiras. Ele era muito egoísta, não pensava nela, e isso a magoava. 
E, como um ciclo interminável, ela não o respeitava por não entender seu papel de auxiliadora. Achava que ele, como o homem da casa, tinha a obrigação de prover o sustento e que, portanto, ela não tinha a obrigação de ajudá-lo financeiramente.
Geralmente existe uma principal razão por que muitos são infelizes no casamento. Alguns poderão alegar incompatibilidade de gênios, falta de diálogo, diferença de opiniões, etc. Mas tudo isso se resume em uma única coisa: teimosia.
A pessoa irredutível insiste em algo que não está dando certo. Isto é, permanece agindo da mesma forma, mesmo sabendo que isso está destruindo o relacionamento, pois quer fazer o seu parceiro "engolir" o seu jeito de ser.
Luci agia assim por autodefesa.
Ela percebeu a tempo que se continuasse com o coração endurecido, acabaria presa pelas próprias muralhas que erguera.
Ao ler o livro "Casamento Blindado", no entanto, despertou para isso e, finalmente, amoleceu o coração.
Livro do ano
best seller "Casamento Blindado - O seu casamento à prova de divórcio", do casal Cristiane Renato Cardoso, recebeu o Prêmio Areté - da Associação dos Editores Cristãos - nas categorias "Livro do Ano" e "Casamento/Família - Nacional" - entregues a Omar Souza, diretor editorial/publisher da Thomas Nelson Brasil (à esquerda na foto ao lado) e a Julio Carvalho, gerente comercial da editora, que lançou o livro no Brasil - e está entre os mais vendidos do País na categoria de autoajuda. A obra já vendeu 900 mil exemplares e foi lançada em diversos países (Argentina, Peru, Bolívia, Paraguai, Uruguai, Chile e Espanha) e traduzido em vários idiomas.
Além de Luci, casais no mundo inteiro, que não apenas leram, mas aplicaram os ensinamentos contidos na obra, têm experimentado grandes transformações no relacionamento.
Numa breve visita na página do livro no Facebook é possível encontrar diversos depoimentos de pessoas relatando os resultados alcançados, o que dá uma noção do impacto (positivo) provocado na vida dos leitores.
Autoconhecimento
O reconhecimento do prêmio veio porque, além de auxiliar casais, a obra promove o autoconhecimento, como no caso de Luci, que avaliou como vinha agindo com o marido: seu medo de passar pelo que a mãe passou, as exigências que fazia ao esposo, o coração mal humorado.
Luci aprendeu a relevar coisas no marido que a irritavam, mas que, diante de tudo que o relacionamento representa para ela, tornaram-se insignificantes. Então, ela decidiu que não iria mais fazer de coisas tão pequenas um problema.
Se ele liga dizendo que não pode buscá-la no trabalho, ela compreende e não mais reclama - situação bem diferente de antes.
"Entendi que precisava ser mais tolerante. Aprendi a ceder. Aprendi a resolver os meus problemas dentro de casa. Aprendi a sentar com ele e conversar, falar o que sinto sem brigar, sem discutir. Deixo a raiva passar e depois, em outro momento, digo para ele: 'Amor sabe aquele dia? Eu não gostei do que você fez. Não pode melhorar?' Assim as coisas fluem bem melhor. Também assumi meu papel de auxiliadora e compreendi que precisava ajudá-lo para que pudéssemos conquistar nossas coisas. Tanto é que depois que passei a fazer isso, conseguimos comprar a nossa casa e o nosso carro", ressalta.
Para Luci, a transformação vem ocorrendo há 1 ano, quando "mergulhou" na obra. "Desde então vivo um novo casamento. Hoje sei o que quero, agora faço de tudo para o meu relacionamento ir para frente".
A mudança dela também provocou mudanças significativas no marido.
"Antigamente eu pedia para meu marido fazer alguma coisa, mas ele não fazia. Agora, até já me ajuda. Coisas que ele fazia no início do nosso casamento e com o tempo deixou de lado, passou a fazer de novo. Em certa ocasião, viajei para a casa da minha mãe e, quando voltei, ele me presenteou com uma caixa de chocolates. Percebi que ele sentiu minha falta, e isso foi muito gostoso."
Luci ganhou o livro de uma cliente e agora o indica para outras pessoas: "Esse livro me ajudou muito. Quando acontece alguma coisa, se tenho alguma dúvida, corro para ele. Vou comprar dois para presentear duas amigas que vão casar. Ele não trouxe ensinamentos só para o meu casamento, mas também me fez entender o passado. Parece que foi feito para mim".

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