Como a fé e o Força Jovem Pará ajudaram o jovem Daniel a se livrar das drogas e de um destino trágico
Ele queria ser “aceito pela galera”. E, muitas vezes, em nome dessa ilusão, jovens caem nas drogas. Alguns não sobrevivem, e a “galera” continua por aí, tocando suas vidas para, quem sabe um dia, ter o mesmo destino. Ou mudar de caminho.
Daniel caiu na gandaia. Tentava preencher o vazio que sentia com sensações ilusórias de bem-estar. Baladas mil, mulheres aqui e ali. E tudo isso regado a álcool, apimentado com cigarro e drogas. Só que o mundo cobra um alto preço (inclusive o financeiro) para quem frequenta esses festins diabólicos.
Para continuar naquele meio, Daniel se envolveu na criminalidade. Ninguém entra nesse mundo e fica seguro nele. Até ameaçado de morte o rapaz foi.
As fotos da vida pregressa de Daniel Guimarães mostram um sujeitinho franzino, porém mal encarado, dando uma de macho, mas não de homem. Visual bem distante de sua realidade, suas roupas eram chamativas e caras, sem que isso significasse bom gosto.
Ainda estava só na fase de bagunça nas festinhas quando, um dia, outro moço o convidou para algo aparentemente inofensivo: uma partida de futebol. Daniel não foi. No jogo, houve uma grande briga. Na briga, o colega que o convidara morreu. “Se eu estivesse junto, certamente teria morrido também”, ele ressalta.
Se nas baladinhas a vida parecia atraente, em casa não era lá essas coisas. O relacionamento com a família não era bom. O que era para ser a base de sua vida social (a de verdade, não aquela dos vícios) era um estorvo para ele. Desobedecia, desrespeitava, não seguia os horários de chegar a sua casa. Mas a aparente pose de bad boy, o sorrisinho cínico e medíocre de mau elemento, escondiam um garoto que, sozinho, se via diante do medo, do nervosismo. E vinha a insônia.
Isso tudo parece que levou muito tempo, que a narração aqui é sobre a vida de um adulto. Daniel tinha uns 13 ou 14 anos enquanto isso tudo acontecia. Quando fez 15, as drogas entraram de vez. Sem disciplina, sem obediência, sem regras, o menino passou a usá-las todos os dias.
Princípio de overdose.
Susto na mãe.
Ela nem mesmo sabia que o filho desobediente e ausente consumia drogas. “Como pode? Ele só tem 15 anos!” E sempre foi avisado sobre o perigo dos entorpecentes em casa...
Levou o filho correndo ao hospital.
Mas Deus sempre tem um jeito de fazer florescer em meio à imundície. Acontece que a irmã de Daniel fazia parte de um grupo. E aquele grupo, bastante especial, tinha a luta contra as drogas como uma de suas principais atividades. E suas armas não eram ineficientes: a Palavra de Deus e sua força posta em prática. Sua força baseada em vida. Sua Força Jovem (FJ).
A irmã sempre o convidava para as reuniões do FJ. Daniel nunca ia. Ela, diante da situação de perigo no seio de sua própria família, se abriu com o líder do grupo em seu bairro. Esse líder não esperou a tormenta chegar, foi até ela. Foi até a casa de Daniel. Repetiu ao jovem o convite que a irmã tanto já havia feito.
Algo mudou em Daniel após quase ter morrido. Resolveu ir.
No caminho, com toda a certeza, pensou em jovens que se achavam melhores que ele, arrogantes por sua escolha certa, sem que tivessem passado pela vida que ele até aquele momento conhecia tão bem.
Muito bem recebido pelos jovens da IURD, ficou muito feliz por estar errado. Aquela recepção não passou despercebida por seu coração – aquele mesmo que a droga quase fez deixar de bater. Porém, mais importante, não passou sem ser percebida pela razão.
Participou da reunião. Pôde sentir, pela primeira vez na vida, um alívio, uma liberdade imensa. Sentiu-se livre das opressões.
Aquele Daniel, que voltou para casa, já foi diferente.
A mãe começou a ver a mudança no filho.
As drogas não entravam mais em seu mundo. As más companhias também não. Até as noitadas tornaram-se amargas, faziam-no se sentir mal. Estava se tornando algo completamente novo.
E confirmou essa novidade de vida quando foi batizado nas águas. Era nova criatura, afinal. Desintoxicado no físico, desintoxicado no espírito. Livre e saudável para Deus.
Viu no FJ um novo objetivo. Como já havia feito parte das “tropas inimigas”, sabia bem das armadilhas que elas usavam para arregimentar novos “soldados” do crime e do mal. Sabia das armas que usavam. Passou a orientar outros jovens que precisavam de ajuda, como já havia acontecido com ele.
Com a internet, antes usada para fins nada edificantes, atuou de forma a ajudar mais ainda. Tornou-se integrante do projeto Visão, Planejamento e Realização, o VPR. Levava a outros, no mundo inteiro, a Palavra de Deus pela rede de computadores.
Hoje, Daniel é filho exemplar. O sorriso da mãe, ao abraçá-lo, não esconde isso. O sorriso do filho não esconde que a vida é possível, que Deus sempre pode alcançar quem estende, de boa vontade, suas mãos a Ele pedindo por ajuda. E Ele envia outras mãos, as de jovens imbuídos de Sua missão, para que ninguém fique sem opção.
Daniel não está feliz.
Daniel é feliz.
Daniel sorri de verdade, um sorriso franco, limpo. Aquele bad boy de araque, de sorrisinho nojento e visual de marginal foi enterrado no batismo. Em seu lugar, surgiu uma pessoa capaz de olhar para o céu e agradecer por uma vida de verdade. O sorriso perdeu o cinismo e ganhou viço, ganhou brilho, ganhou vida.
Ele é parte do Força Jovem Pará. Do Força Jovem Brasil. Da Força Jovem do próprio Deus.
É feliz.
Você também pode ser. Ele é prova viva disso. As drogas e o crime não conseguiram levar mais um.
Fonte: arcauniversal
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