Segundo o Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA), grande parte do pescado de boa qualidade que chega à mesa do brasileiro é fruto do trabalho dos pescadores profissionais artesanais. Eles são os responsáveis por 60% da pesca nacional, resultando em uma produção de mais de 500 mil toneladas por ano. A pesca artesanal é muito importante para a economia nacional, sendo responsável pela criação e manutenção de empregos nas comunidades do litoral e também naquelas localizadas à beira de rios e lagos.
O Território do município do Sirinhaém tem grande tradição em pesca marítima, estuarina e de águas interiores, praticadas há séculos. Apesar desse extrativismo e do aumento da poluição ambiental, a região possui alguns ambientes de estuário ricos e preservados, como os estuários do Rio Sirinhaém.
No Território, existe a Colônia de Pescadores da Barra de Sirinhaém, que agrega centenas de pescadores artesanais associados. Estes pescadores têm na pesca estuarina e litorânea sua principal fonte de renda, explorando a coleta de crustáceos e moluscos nos manguezais, como caranguejo, ostra, sururu, guaiamum, siri, aratu e camarão, atividades desenvolvidas principalmente pelas mulheres; e a pesca de espécies de peixes, como tainha, beijupirá, camurim, xaréu, cioba, cavala, pescada, serra, entre muitas outras, que é feita principalmente por homens.
A região também possui grande potencial para a atividade de aquicultura, uma vez que é onde se encontra uma das bacias hidrográficas mais importantes do estado, a bacia do Sirinhaém. A aquicultura tem crescido substancialmente no litoral pernambucano, sobretudo em função das condições ambientais favoráveis para o desenvolvimento da atividade, como o solo apropriado, disponibilidade de água em qualidade e quantidade suficientes, luminosidade e temperatura adequadas durante todo o ano, além da disponibilidade de mão de obra e crescente demanda de mercado.
A piscicultura e a carcinocultura, apesar de ainda se apresentarem de forma discreta no território, têm garantido alimentação e renda para muitas famílias. Praticamente, em todo o território, podem-se encontrar pequenos viveiros com criação de espécies como tilápia e tambaqui, cuja finalidade principal é a produção para a alimentação da família, sendo comercializado apenas o excedente. O camarão marinho, Litopenaeus vannamei, é produzido em laboratórios e engordado em algumas fazendas de pequeno, médio e grande porte, atendendo o mercado interno e externo.
Embora, o litoral sul pernambucano seja precursor, no Brasil, da produção de pós-larva de camarão gigante da malásia (Macrobrachium resenbergii), conduzida pelo Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), apenas recentemente foram obtidas experiências de campo exitosas com o policultivo de camarão e tilápia, realizadas em comunidades de pequenos produtores rurais.
O Governo do Estado de Pernambuco tem promovido o desenvolvimento da atividade aquícola e o ordenamento da pesca através de programas voltados para o setor, a exemplo das ações coordenadas pelo Programa de Apoio ao Desenvolvimento Sustentável da Zona da Mata de Pernambuco (Promata).
Por todos os motivos relacionados, acredito que o município do Sirinhaém pode avançar mais na Pesca e Aquicultura. A solução para contribuir mais com os pescadores e com a população do município, seria a criação da Secretária Municipal da Pesca e Aquicultura. Creio que a Prefeito Municipal do Sirinhaém tem interese em ajudar a intesificar os trabalhos na pesca marítima, estuarina e de águas interiores. Além de contribuir com os pescadores na pesca estuarina e litorânea sua principal fonte de renda, explorando a coleta de crustáceos e moluscos nos manguezais, como caranguejo, ostra, sururu, guaiamum, siri, aratu e camarão.
fonte: Agência Embrapa de Informação Tecnológica com informações da Ascom
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