O ex-jogador ao lado de alunos de uma escola de futebol no subúrbio do Rio, da qual é técnico
Campeão com a Seleção Brasileira na Copa de 1962, ex-atacante acredita no time do técnico Dunga
Amarildo Tavares Silveira, de 70 anos, é mais conhecido como Amarildo. Nascido em Campos dos Goytacazes (Norte Fluminense), o ex-jogador e atual técnico de uma escolinha de futebol foi atacante (ponta-de-lança) da Seleção Brasileira. Era habilidoso, foi artilheiro e atuava mais pelo lado esquerdo do campo. “Eu tinha caráter forte, era raçudo”, observa, sem modéstia.
O ex-atacante dá aula numa escola de futebol para crianças em Manguinhos, no subúrbio do Rio de Janeiro. Para ele, Ronaldinho Gaúcho e Adriano “fizeram tudo para não ir à Copa”. Ele acredita que ambos têm qualidade, “mas o jogador profissional tem que ser bom dentro e fora do campo. Todos estão de olho nele. Tem que ser um exemplo para poder vestir a camisa de sua pátria”, ressalta, reforçando que o grupo escolhido pelo técnico Dunga poderá ser campeão do mundo na Copa da África este ano. “Estou confiante. Ganhamos a Copa das Confederações e tudo. São competições diferentes, mas a qualificação do time é a mesma.”
Quanto aos jogadores do Santos que estavam cotados para ir à Copa do Mundo na África, Neymar e Ganso, Amarildo crê que eles terão sorte no futuro: “Se eles fossem agora, poderiam se queimar. Existe o problema psicológico, que também conta. O Dunga tem acertado até agora. Tudo o que ele fez, deu certo.”
No Mundial de 1962, Amarildo foi muito importante ao substituir Pelé, que havia se contundido. “Nem cheguei a tremer quando substituí o Rei. Não pensava na responsabilidade”, confessa. O ex-atacante da seleção participou de quatro jogos e marcou três gols, contra a Espanha (dois) e a Tchecoslováquia (um), na fase final do torneio. “Meu estilo era de não dar facilidade aos defensores. Eles me marcavam e eu os marcava também, para eles não saírem jogando”, lembra, saudoso.
Em 1961/62, o ex-atacante jogou no Botafogo, onde foi bicampeão estadual. Jogou com Didi, Garrincha, Quarentinha e Zagallo (foto com a camisa alvinegra ao lado de Garrincha, à esquerda). Esse ataque foi considerado o melhor de todos os tempos do “Glorioso”. Em 1963, o ex-atacante foi negociado com o Milan, da Itália, onde fez sucesso, jogando até 1967. Jogou ainda na Fiorentina (de 1967 a 1971) e na Roma (de 1971 até 1972). Voltou ao Brasil em 1973 e atuou no Vasco, onde, no ano seguinte, encerrou a carreira.
Quase trocou o futebol pelo Exército
Por pouco Amarildo não jogou futebol. Após ter sido dispensado nos juvenis do Flamengo, resolveu servir ao Exército, mas o jogador Paulistinha o convenceu a fazer teste no Botafogo e ele foi aprovado.
No alvinegro carioca, fez 238 partidas e 135 gols. Recebeu o apelido de “Possesso”, depois da excelente participação na Copa do Mundo de 1962. “Foi o Nelson Rodrigues que me apelidou. Aceitei com muito prazer. Se alguém fizesse cara feia, eu fazia uma pior ainda. Muitas vezes fui expulso. Paguei um pouco por isso. Um preço bastante alto, até”, confessa. Pela Seleção Brasileira de Futebol fez 24 jogos, marcando 9 gols.
2 comentários:
AMARILDO VOCÊ ESTÁ CERTO VAMOS DEIXA O DUNGA TRABALHAR
o brasil vai rumo ao hexa sem medo de nenhuam seleção
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